29.9.10

Entre rosas e espinhos



Não diga que te usei. Porque eu avisei.

Devolvi todas as rosas que você me mandou, quando tudo que mais desejava era poder aceita-las. Os espinhos me incomodavam, arranhavam meus dedos e espetavam meu coração.

Ainda que eu dispensasse as rosas, não tinha forcas - ou qualquer vontade - de dispensar você. Suas palavras me eram necessárias. Eu sei, foi egoísmo pedir pra você ficar mesmo sabendo claramente quais eram os seus sentimentos e quais eram os meus.Sinto muito por ter fingido não perceber a tristeza nos seus olhos. Sinto muito por ter te prendido a mim.

Não estou pedindo para você entender, porque acredito que no meu mundo existe coisas - sentimentos - incompreensíveis. Mas eu precisava de você, a única parte saudável da minha vida de vícios. Porque você era aquele que enxugava as lágrimas que o outro me fazia derramar, aquele que me dizia que tudo ia ficar bem e me fazia sorrir com a piada mais sem graça do mundo. E ainda que você me fizesse tão bem, eu não conseguia te amar de maneira diferente da qual se ama um amigo.

Meu coração masoquista pertencia a outro, o errado que o fazia sofrer.Mas eu sempre amei as coisas erradas, não é mesmo?

Agora nada mais importa e eu só preciso que você me conceda um último pedido, se é que tenho direito de pedir mais alguma coisa á você. Preciso que me perdoei por ter te colocado na minha confusão, acha que pode fazer isso por mim? Por favor, a culpa pesa demais.

17.9.10

Será?

Será que sou eu a garota que você tanto procurava?
Será que você é o amor que sempre sonhei?
Não sei, mas talvez seja apenas mais um dos sonhos quase reais.
Será que em um fim tarde qualquer estaremos juntos, nossas mãos entrelaçadas, ouvindo uma música acompanhada pelo som do violão?
Ou nessa mesma tarde estarei trancafiada em meu quarto, solitária, compondo uma tola canção?
Será que minha vida seria impossível sem te ter?
Ou será mais fácil viver sem você?
Será que você seria meu ponto de segurança?
Ou o motivo de minha destruição?
Os fatos dizem que sim, meu coração diz que não. A confusão toma conta de mim e me faz prisioneira de uma bela ilusão.
Serão as marcas profundas em mim feitas por você?
Todos dizem que sim, prefiro acreditar que não. Enganar a si próprio pode ser uma saída mais rápida e menos dolorida.
Será minha melhor lembrança um enorme banho de chuva que tomei contigo?
Ou a pior lembrança será uma chuva intensa, com o céu negro, de mais um dia que passei sem te ver?
Será a sua voz a mais perfeita que meus ouvidos já sentiram?
Ou apenas mais uma que disse palavras que me magoaram?
Será seu sorriso o mais belo que meus olhos já tenham visto?
Ou mais um sorriso comum, triste e distante?
Será que o melhor beijo que terei provado será o seu?
Ou ele será o que mais me causou dor?
Ao pensar em você só me vêm perguntas encima de perguntas, que não pensam em como me deixarão, seguem apenas o seu destino de fazerem me desesperar.
Então novamente me pergunto: Será que algum dia irei te esquecer?
Ou viverei eternamente esse amor?

16.9.10

Perguntas difíceis...



Cujas quais não encontramos absolutamente nenhuma resposta. Perguntas que corroem a alma, congelam o coração e geram outra pergunta: Porque comigo? É, talvez você nunca encontre uma resposta a essa pergunta, talvez é apenas o destino lhe pregando uma peça, ou o destino é apenas algo para desculpar os erros que podiam ser evitados? Talvez essa pergunta também nunca será respondida. O melhor é fazer o possível para tudo se encaixar, mas fazer isso com um sorriso no rosto, porque o sorriso é o mais belo objeto que o ser humano pode usufruir sem tem que pagar absolutamente nada! texto por: michelle rondini

15.9.10

Então adeus, acabou.


Você queria que eu baixasse a guarda e entregasse minhas armas. E tudo que queria era ver a bandeira branca hasteada entre nós. Mas você sabia, conhecia muito bem o meu egocentrismo e o meu orgulho. Sabia que nunca seria eu quem á hastearia e mesmo assim tentou provar o contrario.
Nunca me encaixei no segundo lugar, nunca me deixei ser vencida sem antes lutar. Eu nunca gostei de ser vencida, eu sempre fui á vencedora. E você queria que eu me rendesse. Erro seu, erro meu, erro nosso.
Talvez eu tenha feito uma má interpretação daquela frase que um dia alguém escreveu: "Vale tudo no amor e na guerra". Não, não vale.
E você foi o único que tentou me abrir os olhos, me mostrar que não havia perigo, que não havia guerra. Mas todas as vezes que você pegava meu queixo e apontava para a direção certa eu me recusava a enxergar e ligava os fones de ouvido no último volume só para não ouvir sua voz. Era só por teimosia, coisa de criança mimada. A sua garotinha mimada.
Quando eu finalmente enxerguei, já era tarde demais. A nossa guerrinha particular havia acabado sem vencedores ou vencidos, mas sim com dois corações feridos.

9.9.10

Vamos rasgar o script?


Eu não vou dizer que dessa vez tudo vai ser diferente, porque toda as vezes que essas palavras escapuliram pelos meus lábios em algum momento daquela euforia que só a paixão é capaz de provocar, as coisas aconteceram exatamente iguais. E o filme continuou se repetindo de novo e de novo, meu ciclo vicioso particular.

Chega! Cansei de ver e viver a mesma comédia romântica que sempre para no meio. Que congela no ponto exato de maior angústia. No ponto em que as mais românticas (e bobas) costumam derramar lágrimas, no ponto em que eu derramava lágrimas.

Não acredito mais no "mocinho". Agora eu sei que ele não vai perceber que gosta de mim enquanto beija a garota mais popular do colégio no baile de primavera. Talvez até o vilão seja melhor opção.

Afinal, o famoso e tão desejado "Felizes para Sempre" nunca acontece nos scripts da vida real, não é mesmo?

A comédia sempre só terá graça para o mocinho e o romance sempre vai ficar nos sonhos, nos meus sonhos.

Que tal rasgar o script? Vamos começar com algo diferente de era uma vez...

8.9.10

É...as coisas mudam...


Talvez o que eu pensei não tenha acontecido...talvez o passado não tenha sido nada mais que um sonho...talvez tudo realmente não tenha valido a pena...

O sonho bobo de qualquer adolescente, uma possível realidade da cabeça de uma mulher...

A canção que se tornou verdade, o sorriso que se tornou uma bobagem, o amor que deixa qualquer um louco, sem muito o que fazer...

É...a vida passa, e as coisas vão ficando pra trás...lembro-me da primeira vez em que eu te vi...nada demais...mas foi quem me fez esquecer que o nunca existe... O nada virou sempre e o que poderia ser esquecido agora é eterno.

Agora não posso dormir sem sonhar com você, não passar por você sem sorrir, não posso deixar de pensar em você... O impossível foi esquecido, o inesquecível virou realidade, o amor se tornou verdade...

Por que você está tão longe? Por que está tão inalcançável? Por que não acredita que o verdadeiro amor existe? Por quê?

Como separar a razão da emoção, como me tornar invisível, como fazer de tudo um eterno silêncio?

Se não consigo parar de contar as horas, te deixar cair no esquecimento, e deixar de viver qualquer que seja o momento com você?

Haha...talvez eu esteja louca mesmo...talvez isso só exista na minha cabeça, e isso não aconteça...lá fora o dia lindo se tornou nublado, o colorido virou cinza, tudo se apagou quando você se foi...eu gritava pra você não ir mas, de nada adiantou, você partiu e me deixou...

Como posso viver? Sua existência me fez esquecer que a dor existe, mas agora cada sonho é um motivo para lágrimas, cada flor se torna motivo para tristeza, cada beijo agora não representa mais nada além de sofrimento...

Por que você não volta pra mim?

Talvez, quem sabe, amanhã de manhã, irei acordar e ver que, sonhei de novo e que nada disso aconteceu...e ver que você ainda está aqui, que não me abandonou, não me deixou passar frio, não me deixou ficar no escuro, não me deixou cair em um buraco sem fim...

Pode ser que pra você, nada disso tenha sentido, mas é isso tudo o que está presente no meu mundo, que me deixa com medo, sem esperanças, sem coragem de seguir em frente e sem olhar pra trás...

É, isso tudo era desconhecido antes de você chegar, mas agora é só isso que eu posso esperar, viver e reviver...

Mas mesmo assim ainda acredito que o tempo vai passar e as lembranças vão se apagar e que um dia eu vou poder ver e dizer sem medo que eu realmente amei você.

6.9.10

Nosso Querido e Precioso Tempo.

As vezes penso: " Como queria parar o tempo, regressar naquele momento em que estávamos juntos, somente eu e você, onde ninguém podia nos ver, era somente eu, você e nossos corações acelerados batendo juntos, como eu queria poder estar com você agora, como queria poder parar o tempo"
Mas penso: " Mas talvez esse tempo seja necessário para entender o verdadeiro significado das coisas, para aprendermos a dar valor naquilo que temos, e talvez aproveitarmos cada segundo dele com intensidade!"
Aproveitar cada segundo da vida, não importa o que esteja fazendo, vou fazer valer a pena o segundo passado!

O Vale


E então mais um dia se passa nesse vale, esse vale de escuridão que eu tento preencher com um vermelho, um vermelho vivo de coisas boas, mas que não consegue ser preenchido, que fica ali, incomodando, cada dia que passa ele é cavado um pouco mais, pela amargura e tristeza do vale, elas que insistem em continuar vivendo no meu vale, o meu vale de amor e esperança que foi invadido pela amargura e a tristeza, mas não pense que elas vai deixar de brigar por território, não! eles estão em guerra constante, uma guerra sem fim, que só terá fim quando o vale renascer...

25.8.10

O que nosso coração sente...


O coração, responsável por nossas principais dúvidas.

Nossas confusões, indecisões, medos, angústias, tudo por culpa dele.

A cada batida uma nova pergunta nos atinge.

Por causa dele magoamos, choramos, sofremos, porém sem ele não existiríamos, não estaríamos aqui.

Mas, ao mesmo tempo de que valheria a vida se emoções não existissem? De que valheria viver sem nos surpreender ou de sermos surpreendidos?

Acho até que não haveria sentido respirar se não existissem os sonhos.

Sonhos, todos criados minuciosamente por ele.

Às vezes nos surpreendemos com quem ele escolhe para que seja seu dono.

O sequestrador, o heroi, o bandido que o fuzila, que o arrasa, que o rouba.

Ficamos de mãos atadas, como reféns, vendo como tudo vai acontecendo, mas impossibilitadas de nos manifestar.

Mesmo sendo ferido, na hora ele está feliz, ele sorri. Porém após algum tempo ele cai na real e vê que ficaram marcas.

Às vezes nos perguntamos se tudo o que nosso coração nos faz viver realmente vale a pena ser vivido.

Às vezes nos perguntamos se por acaso ele parasse de bater não pudesse ser mais fácil de esquecer, de aceitar tudo o que nós fomos obrigados a viver.

Por outro lado, não existiriam nossas vidas. Tudo aquilo que os nossos olhos presenciaram , tudo o que nosso coração sentiu, desapareceria e nada mais existiria. Nem mesmo as melhores lembranças.

E é por isso que é preferível pensar em cada batida como se fosse uma dança.

Diversos ritmos, diversas sensações, muitos passos desconhecidos. Raiva, amor, alegria, tristeza, tudo coreografado perfeitamente pelo destino.

Tropeços repentinos podem haver, não posso negar. Mas têm vezes que é até melhor levar um tombo e aprender o passo certo do que dançar a música inteira com a coreografia errada.

E vai seguindo assim, durante toda a vida, durante todo o espetáculo vai sendo apresentado aquilo que estava planejado, a cada leve e quase insensível batida, mais uma obra de nosso coração se conclui.

18.8.10

A Estação



Às vezes sinto como se eu vivesse em uma plataforma de trem.

Pessoas chegam e partem o tempo todo e eu continuo lá, sentada no velho banco de madeira, sem nunca tomar uma decisão sobre que caminho seguir. Não tenho motivos para partir, mas tampouco para ficar. O que me faz optar pela indiferença, sem nem mesmo perceber que ela é uma escolha.

Fico lá parada observando as pessoas fazerem suas próprias escolhas, presenciando de camarote a alegria do encontro - ou reencontro - e a tristeza da despedida.

Sentindo a alegria e a tristeza.

Sentindo saudade dos encantos daquela primavera e o alívio pela melancolia daquele outono ter finalmente ido embora. Fico lá vendo, ouvindo, saboreando, sentindo, tocando as mais diversas emoções boas e ruins.

Parece que faz tanto tempo que estou ali no mesmo lugar, que a maioria dos passageiros já não se surpreendem com minha presença silenciosa. Alguns me comprimentam, acenam me lançando sorrisos calorosos, enquanto outros apenas me ignoram.

Houve pessoas que passaram por ali e me deixaram marcas profundas, outras esqueceram coisas que guardei para mim. Algumas me mudaram de tal forma, que eu não consigo me lembrar de como eu era antes delas.

Vez ou outra desembarca alguém do trem das 22h que me chama a atenção. Chama atenção, pois, parece estar envolvido por uma espécie de brilho misterioso que clama pelos meus olhos.

Quando aparece alguém assim eu me apresso em segurar a mão estendida e aceito - sem pensar - o convite para caminhar nos trilhos. Não é como se não conhece os riscos, eu os conheço muito bem. Mas simplesmente não posso resistir ao prazer que adrenalina me provoca. Não posso dizer "não" e depois ter de conviver com a dúvida eterna de como teria sido se eu tivesse dito "sim".

Geralmente a caminhada não dura muito. Quando a euforia se dissipa, os passos diminuem. Os obstáculos começam parecer grandes demais. Então inevitavelmente, eu acabo tropeçando. A mão já não se estende mais para mim e o brilho desaparece. Pronto, o motivo que ele precisava para embarcar no próximo trem e me deixar.

Não é por isso que desisto. Me levanto novamente, me arrasto para o banco habitual, soluço baixinho enquanto o sangue quente escorre por meu joelho. Mas um dia o sangue seca, a dor some e o processo recomeça. Um ciclo vicioso.

Estou cansada de esperar por alguém que fique comigo. Quero alguém que me leve com si. Talvez algum espírito aventureiro que já viajou por muitas estações sem nunca conseguir ficar. Alguém que me arraste pelas portas do trem, que arrase brutalmente a nostalgia, que faça o silêncio gritar. Alguém que complete o meu estado pacifico com seu estado naturalmente agitado.

É por isso que continuo lá sentada, esperando pelo vagão que carregue meu destino.





16.8.10

Eterno silêncio

 
O sabor da derrota amargava em sua boca toda vez que a via tocar seus lábios rosados em outros lábios que não fosse os dele.

Era como se um punhal rompesse toda a sua resistência e fosse direto ao seu coração toda vez que a via nos braços de outro.
Sua vontade era de sequestrá-la e de levá-la para longe de todos os outros que apenas a iludiam com falsas e frias palavras, que a fazia derramar lágrimas.
Havia apenas uma coisa que ele queria. Seu maior desejo era de fazê-la feliz. Fazê-la somente sua.
Mas ele não podia. Nem ao menos tentou convence-la. De nada iria adiantar seu esforço.
Ela estava convicta, de decisão tomada e por isso nada iria fazê-la mudar de ideia.
Em hipótese alguma aqueles belos olhos algum dia enxergariam que ele sempre estivera ali, ao seu lado, pronto para transformá-la em única.
Ele preferiu continuar a seguir seu caminho sem ela. Por medo de que ela não aceitasse.
Apenas por medo preferiu manter eterno o seu silêncio.

10.8.10

Modo de Segurança


Às vezes, sem perceber eu entro em modo de segurança.

Toda vez que sinto que minhas emoções estão me escapando, automaticamente as pego e as enfio comprimidas em uma pequena bolha dentro da minha mente.

Elas ficam lá escondidas, girando e gritando, loucas para serem expostas.

Eu também transformo o meu rosto - só por precaução - em uma máscara fria de tédio e á deixo lá pelo tempo que for necessário, até que o suposto "perigo" tenha desaparecido.

Mas de alguma forma o que não transparece no meu rosto, me escapa pelo corpo.

Você poderia perceber, se observasse como os meus dedos impacientes batucam qualquer superfície que possam estar tocando ou como eu me distraio fitando o vazio enquanto alguém tagarela sobre algum assunto sem importância.

Ou então, como o meu esmalte recém passado, aparece misteriosamente descascado.

São sinais claros de alguém que esconde algo.

Não acho que esse meu problema seja egocentrismo. É só medo.

Medo de como as pessoas vão reagir aos meus sentimentos.



4.8.10

Minha única certeza...


A cada dia que passa o sentimento fica mais longe. A cada dia que passa você está mais distante.

Às vezes sinto como se existisse algo parecido com uma borracha que está tentando apagar tudo o que foi vivido.

A sensação é de que as páginas mais importantes de minha história estão sendo arrancadas cruelmente por todas essas atitudes.

É assim como me sinto em relação a você. É fato que já é passado, talvez o nosso tempo já tenha mesmo terminado. Mesmo assim ainda te carrego aqui no meu olhar, na minha essência.

Nunca pensei nisso e tampouco acreditei, mas talvez a paixão tenha mesmo esse poder de cegar, de enlouquecer, de mudar as pessoas. Estou começando a acreditar que isso possa ser real.

Quero que saiba que eu não estou deixando de viver, que eu não estou desistindo de você.

Vou continuar a seguir meu destino, continuar a viver tudo o que está para ser vivido. Mas vou caminhando devagar, vou te esperando pelo caminho. Vou seguindo sem duvidar de que algum dia haja uma possibilidade, mesmo que pequena de que você possa mudar de ideia.

Se você mudar, estarei te esperando, não importa o dia, não importa o lugar. Estarei sorrindo, pronta para te receber de volta e acabar de uma vez por todas com esse vazio insuportável que aos poucos vai me destruindo.

Mas, se você já estiver se esquecido de mim, tudo bem, não guardarei mágoas. Jamais sentirei raiva de você por não ter me amado como eu te amei.

Jamais te culparei por você ter sido o responsável pela maior parte de lágrimas que escorreram pelo meu rosto.

Nunca, jamais irei te apontar como quem mais me fez sofrer. Sabe por quê?

Porque eu já te perdoei, porque eu já superei e acima de tudo, porque eu realmente gostava de você.

Pode ser que você me ache uma boba, uma completa idiota. Pode ser que você nunca acredite em tudo que eu um dia te falei. Pode ser que você nunca me entenda, nunca me perdoe por tudo o que te causei ao entrar na sua vida, assim, sem permissão, com apenas uma única intenção.

O que eu tentei te dizer o tempo todo, com tudo isso é que a minha razão, que o meu mundo era você.

Talvez eu tenha perdido a sua confiança enquanto tentava te convencer. Ou nunca a possuí.

Talvez eu tenha sido mal-compreendida por todos, inclusive por você. Ou sequer tentaram me compreender.

Talvez você vá me odiar para o resto de sua vida. Talvez você nunca tenha se preocupado comigo.

Talvez tenha você mentido para mim o tempo todo e realmente nunca tenha sentido qualquer coisa por mim.

Porém, só quero que tenha certeza de uma coisa. A certeza de que nunca negarei que um dia eu amei você!


1.8.10

Sabe saudade? Então...



Saudade do que veio, do que foi. Saudade daquele momento, daquele sorriso, daquela cor, daquele cheiro, daquela pessoa. Saudade que vem do nada, invade a gente, faz cair lágrimas.

Saudade de coisas que tive e de coisas que não tive.
Saudade carregada de ansiedade, louca pra ser matada no instante do reencontro. Saudade que incomoda, machuca, doí.

Mas que no entanto, é extremamente necessária.


Já pensou em como seria se ela não existisse? Em como seria se nós não sentíssemos falta do passado? Da ausência?

Talvez se não existisse saudade, não existiria o amor.

Pois, só sentíssemos falta daquilo que amamos, que amávamos, que um dia nos fez sorrir, que nos trouxe felicidade. Ninguém sente falta da dor, da angústia, do sofrimento. Sente?

Saudade para mim é uma prova de amor.

P.S: Há coisa mas nostálgica do que uma noite de domingo chuvosa?

29.7.10

Sobre Príncipes e Sapos


Você queria ter tido algum motivo para não ter ido naquela festa. Você não teve, você foi. Foi porque sabia que ele estaria lá, mas se recusava a admitir que tivesse ido só para vê-lo.

Ele estava lindo, sorriu para você, elogiou seu vestido, te tirou para dançar.

Você esta êxtase, seu amor platônico finalmente deixaria de ser imaginário e se tornaria real.

A princesa teria um final feliz com seu príncipe.

Quando os ponteiros do relógio se aproximaram da temida meia-noite, você percebeu que ele se inclinava em sua direção. Você ergueu seus pés, quebrando a distância. Seus lábios tocaram os dele suavemente, se partiram lentamente, até que o hálito dele te inebriou e a urgência venceu o romance.

No mesmo instante você sentiu algo mudar. Mas não em você, querida Cinderela. Embora já se passasse da meia-noite, você continuava perfeita, nenhum só fio de cabelo fora do lugar. Seria o príncipe, que mudará?

Corria um boato por toda a corte, que os contos de fada haviam mentido, publicado propagandas enganosas sobre os seus tão encantados príncipes.

Todos comentavam que não eram os sapos que se transformavam em príncipes e sim os príncipes que viravam sapos, no exato momento que as princesas ingênuas os beijassem e os entregasse seus preciosos corações.

Você não ouviu o boato, não gostava de fofocas, não poderia saber. Você o transformou naquele momento, naquele beijo e deveria ter o deixado assim que o fez.

Mas não, você não se importou. Gostava de sapos, achou que pudesse dar certo. Deixou ele ficar.

Mas com o tempo o encanto foi se perdendo. Ele foi te magoando mais e mais. Até que você conseguiu o enxergar de verdade, viu que ele era só um sapo idiota, criminoso barato.

Havia roubado seu coração e depois tentou matá-lo, para apagar as evidências. Errou o alvo.

Seu coração saiu ferido, porém inteiro.

Já o amor por ele, bem esse morreu sem nem ao menos lutar. Não valia a pena.

Foi melhor assim.

P.S: Percebe que as vezes é melhor amar platonicamente?

P.S²: Cuidado princesa, às vezes é mais seguro beijar o sapo do que o príncipe.

Escolhas


O que ela mais temia estava para acontecer.

O momento da despedida era tão dolorido quanto a morte para ela. Por isso ela não foi ver sua partida.

Ela não queria dizer adeus. Não para ele.

Era cedo demais para terminar uma história que sequer havia começado a ser escrita.

Ela bem que tentou falar, mas as palavras não saíram. Ela procurou desesperadamente por saídas. Não as encontrou.

Tentou se esconder, tentou se convencer de que não precisava ir. Mas os fatos e as circunstâncias a empurrava e a obrigava a seguir o seu próprio destino. Obrigava-a a seguir sua vida sem ele. Mas mesmo assim ela lutava com todas as suas forças contra aquilo, pois realmente não queria ir.

Tinha muito medo de acordar e ver que aquilo não fora apenas um pesadelo e sim que tudo que estava perturbando-a teria feito dela uma eterna condenada, e talvez a vida estivesse sendo justa. Mesmo fazendo-a sofrer. Ela teria de fazer esse sacrifício. Não haveria mais volta.

Ela tentou ficar. Não adiantou.

O peso na consciência a venceu. O seu noivo a esperava no altar. Não poderia decepcioná-lo também.

Ele não merecia ser abandonado. Ela também o amava, mas não como amava ao outro. O que estava se mudando para um lugar muito distante. O que estava para partir seu pobre coração em mil pedaços.

Ela sabia que tudo que estava acontecendo era por sua própria culpa. Ela era a única culpada. Não teria deixado outra alternativa para ele a não ser fugir daquele lugar e ir se refugiar longe dali. Onde não houvesse lembranças capazes de fazê-lo sofrer mais do que já estava.

Sim, ele com certeza estaria sofrendo. Sofrendo por causa dela. E ela se perguntava se era digna de todo esse sofrimento.

O relógio fazia com que os segundos passassem depressa, os minutos corressem e as horas voassem. Ela já estaria atrasada? Já estaria ela sozinha, condenada para sempre por sua própria escolha errada?

Não poderia se demorar mais. Correu e pegou o primeiro táxi que apareceu. A Igreja já deveria estar cheia. Os convidados impacientes e seu noivo nada menos do que uma pilha de nervos.

Porém ela foi em direção ao lado oposto. Ela corria e trombava em todos que estavam pelo caminho e ela desejava não ter chegado tarde demais.

Uma noiva descabelada, com a maquiagem toda borrada por lágrimas ia correndo, desesperada pelo saguão do aeroporto.

Ela chamou a atenção de todos, inclusive dos policiais que correram atrás dela.

Enfim, entrou na sala de embarque e gritou pelo nome de seu amado.

Pediu para que ele não partisse pois seu coração não era mais dela no momento em que o conheceu.

Ele sorriu e correu para os braços dela. Se abraçaram e se beijaram ali mesmo. Todos aplaudiram e os policiais desistiram de algemá-la. Ao fundo o avião decolou. E para alegria dela, havia decolado sem ele.

Ela ainda não acreditava que havia dado tempo de voltar atrás. Que havia dado tempo de recuperar sua verdadeira razão de viver.

Apesar de tudo, ela seria muito grata a isso e jamais esqueceria daquele dia e daquele momento.
P.S.: Fiz um post menos triste dedicado a Náh Canhedo. =)

26.7.10

Ilusão


Às vezes é preciso ficar um pouco sozinha,

Às vezes é necessário ter somente nosso pensamento como companhia.

Às vezes ouvir nossas músicas favoritas deitadas no chão, presas em nosso mundinho é o melhor programa.

Não presas, detidas por grades contra nossa vontade. Muitas vezes o que nos prende são nossos próprios sentimentos.

Nossos medos, nossa falta de confiança, a ausência da esperança...

Tudo isso e muito mais formam algo que, quando vemos imaginamos ser maior e mais poderoso do que nós.

E então, julgando dessa forma, acabamos por ficarmos perdidas.

As circunstâncias nos iludem, nos fazem chorar, nos fazem sofrer.

Por que será que aparentemente a ilusão é tão linda, tão sedutora?

Ela chega de mansinho, do nada e toma conta de tudo. De nossos pensamentos, de nossas atitudes.

Até que chega em um limite em que buscar por ela se torna um vício, uma mania impossível de se parar.

E quando caímos na real, muitas vezes é tarde demais. Pode ser que tudo já tenha se transformado em lágrimas e dor.

Lágrimas derramadas por nada, por ninguém. Dor que poderia ter sido evitada, que nunca existiria.

Cada segundo que se passa a dor se torna mais intensa, mais insuportável. Cada vez magoando mais, causando mais feridas, e consequentemente mais sofrimento.

Feridas que não se curam nem mesmo com o passar do tempo, que apenas se escondem por medo e vergonha de serem descobertas.

Feridas que uma vez abertas não cicatrizam-se mais e que apesar de todo nosso esforço para curá-las nos marcam para sempre.

Marcas doloridas, marcas marcadas por lágrimas, lágrimas derramadas por alguém que não merecia lágrima alguma, lágrimas derramadas por alguém que nunca existiu.

Alguém que a ilusão nos impôs e que aceitamos sem nem ao menos tentar recusar. Que por acharmos que não existirá uma segunda opção nem ao menos hesitamos ao vê-lo.

A ilusão é assim, por mais incrível que possa parecer, ela é a culpada por marcas e cicatrizes mais profundas do nosso coração.

Sua sedução é forte e nos ganha fácil. Sua vitória é quase certa.

Ilusão é assim, um veneno que entorpece e que magoa o nosso coração.

25.7.10

Você está em todo lugar e, no entanto não está em lugar algum.


Você está no meu mais doce sonho e, no entanto quando acordo no quarto escuro e te procuro entre os meus lençóis, eu não te encontro.

Você está entre as páginas do livro que eu leio durante a longa viagem para casa e, no entanto o banco ao meu lado está vazio.

Você está no som daquela música - a
nossa música - e, no entanto não ouço mas a sua voz rouca sussurrando o refrão.

Você está na tela do cinema misturado com as cenas de ação e, no entanto a minha mão está vazia, largada sobre o braço da poltrona esperando pela sua.

Você esta entrando e saindo de foco na minha visão.

Você está presente e ausente na minha vida.

Você me pertence e, no entanto não pertence a ninguém.

Você é amado e odiado por mim.

Você é real e, no entanto vive na minha imaginação.

P.S: Você não sai da minha mente e muito menos do meu coração. Eu te amo tanto

23.7.10

O Fim do Conto de Fadas


Eram 15 para meia noite e ela continuava imóvel sentada no chão em um canto escuro do seu apertado quarto. As lágrimas escorriam silenciosas espalhando manchas negras por todo seu rosto. Ela olhava fixamente para seus pés calçados com seu all star preferido, velho e de um tom branco encardido.


Ela repassou mentalmente as palavras dele, buscando uma razão. Tentando entender o impossível, aquilo que ela nunca iria entender porque se recusava a acreditar.Fechou os olhos, se perguntando como tudo aquilo havia acontecido. Como o seu sábado comum havia se tornado seu pior pesadelo.


Lembrou-se do telefone tocando às 3 da tarde. Era ele, ela sabia mesmo antes de atender. Seu coração havia batido inquietamente por um segundo, antes de ouvir a voz confortante.


Ele queria sair, ela iria.


Ela aceitaria qualquer proposta dele. Pois, queria estar com ele, queria sentir a velha paixão acordar dentro do peito e o sangue pulsar novamente quente pelas veias.


Ela se arrumou. Estava linda, mas a insegurança não a deixava acreditar nisso.

Ouviu quando o carro virou a esquina e trouxe novamente inquietação em seu coração.


Eles saíram, eles brigaram. Ela abriu seu coração, ele o partiu.


Ele a deixou em casa, então ela só pode se trancar no quarto, sentar no canto familiar e chorar.


Ela chorou a noite toda.


Seu conto de fadas havia acabado. Sem final feliz.


P.S: Eu não ia postar hoje por falta de inspiração, mas decidi postar esse texto que escrevi á algum tempo atrás e não tinha postado ainda porque achei meio deprimente rs :)


21.7.10

Última despedida


Não consigo calar as inúmeras perguntas que insistem em teimar com meu coração. Como se tornará esse sentimento?
Impossível? Inalcançável? Inesquecível?
O que se fazer quando o sangue que corria por suas veias se recusa a mantê-la viva?
O que se fazer quando o sol que iluminava a sua vida recusa-se a aquecê-la?
O que se fazer quando a música final está ainda tocando e as cortinas teimosas começam a fechar-se impedindo-te de apreciar todo o espetáculo?
O que será que consegue atormentar-me de tal forma que impede-me de respirar?
Seria confusão? Ódio? Amor? Ou simplesmente dor?
Ainda não sei direito o que se passa pela minha cabeça.
Só sei que qualquer que seja o sentimento está aos poucos se amenizando, talvez sumindo.
Talvez seja apenas o sangue obrigando o meu coração a parar de bater ou o sol parando de brilhar e indo embora, deixando que tome conta a escuridão.
Talvez seja somente o limite da razão para se existir chegando ao fim.
E então neste momento a única coisa que se importe comigo realmente seja apenas uma chuva fina e fria caindo para despedir-se de mim.
A única e última despedida no momento de minha partida para algum lugar onde exista alegria e calor, onde exista luz e amor.

20.7.10

Amigos ♥

"Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações." Vinícius de Moraes


Ela chegou exausta como sempre no pequeno e solitário apartamento que aprendeu a chamar de "lar". Foi direto para o quarto, sentando-se na cama para desabotoar os desconfortáveis sapatos de salto.

Colocou os pés descalços no chão frio desfrutando da sensação boa de liberdade que aquele simples ato lhe trazia. Lembrou se de sua adolescência e de como era fácil viver sem responsabilidades, sem problemas e sem o bendito salto alto.

Com essa lembrança, veio também a lembrança dos amigos. Os tão "inseparáveis" amigos que um dia se separaram.

Ela correu para seu guarda-roupa, vasculhando-o ansiosamente com medo de não encontrar o velho álbum de fotos. Encontrou-o e se desesperou ainda mais, pois, sabia exatamente o efeito que ele lhe causaria. Mesmo assim arriscou.

Virou a primeira pagina, olhando e passando os dedos lentamente pelos contornos das pessoas sorridentes. Sentiu a saudade latejante lhe apertar o peito e o vazio insuportável lhe pesar o estômago. Sentiu os olhos se encherem e o arrependimento esbofetear-lhe o rosto. Sentiu se sozinha como nunca se sentirá antes.

Agora ela percebia que nunca deveria ter os deixados.


Eles eram mais que amigos, mais que irmãos, faziam parte dela. Sem eles nada fazia sentido. Sem eles, ela não era ela. Agora ela estava incompleta, partida e totalmente solitária. Seus amigos não eram mais seus.


P.S: A todos os meus amigos um feliz dia do amigo. Saibam que eu amo vocês demais e nunca os abandonarei