15.9.10

Então adeus, acabou.


Você queria que eu baixasse a guarda e entregasse minhas armas. E tudo que queria era ver a bandeira branca hasteada entre nós. Mas você sabia, conhecia muito bem o meu egocentrismo e o meu orgulho. Sabia que nunca seria eu quem á hastearia e mesmo assim tentou provar o contrario.
Nunca me encaixei no segundo lugar, nunca me deixei ser vencida sem antes lutar. Eu nunca gostei de ser vencida, eu sempre fui á vencedora. E você queria que eu me rendesse. Erro seu, erro meu, erro nosso.
Talvez eu tenha feito uma má interpretação daquela frase que um dia alguém escreveu: "Vale tudo no amor e na guerra". Não, não vale.
E você foi o único que tentou me abrir os olhos, me mostrar que não havia perigo, que não havia guerra. Mas todas as vezes que você pegava meu queixo e apontava para a direção certa eu me recusava a enxergar e ligava os fones de ouvido no último volume só para não ouvir sua voz. Era só por teimosia, coisa de criança mimada. A sua garotinha mimada.
Quando eu finalmente enxerguei, já era tarde demais. A nossa guerrinha particular havia acabado sem vencedores ou vencidos, mas sim com dois corações feridos.

2 comentários: