25.8.10

O que nosso coração sente...


O coração, responsável por nossas principais dúvidas.

Nossas confusões, indecisões, medos, angústias, tudo por culpa dele.

A cada batida uma nova pergunta nos atinge.

Por causa dele magoamos, choramos, sofremos, porém sem ele não existiríamos, não estaríamos aqui.

Mas, ao mesmo tempo de que valheria a vida se emoções não existissem? De que valheria viver sem nos surpreender ou de sermos surpreendidos?

Acho até que não haveria sentido respirar se não existissem os sonhos.

Sonhos, todos criados minuciosamente por ele.

Às vezes nos surpreendemos com quem ele escolhe para que seja seu dono.

O sequestrador, o heroi, o bandido que o fuzila, que o arrasa, que o rouba.

Ficamos de mãos atadas, como reféns, vendo como tudo vai acontecendo, mas impossibilitadas de nos manifestar.

Mesmo sendo ferido, na hora ele está feliz, ele sorri. Porém após algum tempo ele cai na real e vê que ficaram marcas.

Às vezes nos perguntamos se tudo o que nosso coração nos faz viver realmente vale a pena ser vivido.

Às vezes nos perguntamos se por acaso ele parasse de bater não pudesse ser mais fácil de esquecer, de aceitar tudo o que nós fomos obrigados a viver.

Por outro lado, não existiriam nossas vidas. Tudo aquilo que os nossos olhos presenciaram , tudo o que nosso coração sentiu, desapareceria e nada mais existiria. Nem mesmo as melhores lembranças.

E é por isso que é preferível pensar em cada batida como se fosse uma dança.

Diversos ritmos, diversas sensações, muitos passos desconhecidos. Raiva, amor, alegria, tristeza, tudo coreografado perfeitamente pelo destino.

Tropeços repentinos podem haver, não posso negar. Mas têm vezes que é até melhor levar um tombo e aprender o passo certo do que dançar a música inteira com a coreografia errada.

E vai seguindo assim, durante toda a vida, durante todo o espetáculo vai sendo apresentado aquilo que estava planejado, a cada leve e quase insensível batida, mais uma obra de nosso coração se conclui.

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