29.9.10

Entre rosas e espinhos



Não diga que te usei. Porque eu avisei.

Devolvi todas as rosas que você me mandou, quando tudo que mais desejava era poder aceita-las. Os espinhos me incomodavam, arranhavam meus dedos e espetavam meu coração.

Ainda que eu dispensasse as rosas, não tinha forcas - ou qualquer vontade - de dispensar você. Suas palavras me eram necessárias. Eu sei, foi egoísmo pedir pra você ficar mesmo sabendo claramente quais eram os seus sentimentos e quais eram os meus.Sinto muito por ter fingido não perceber a tristeza nos seus olhos. Sinto muito por ter te prendido a mim.

Não estou pedindo para você entender, porque acredito que no meu mundo existe coisas - sentimentos - incompreensíveis. Mas eu precisava de você, a única parte saudável da minha vida de vícios. Porque você era aquele que enxugava as lágrimas que o outro me fazia derramar, aquele que me dizia que tudo ia ficar bem e me fazia sorrir com a piada mais sem graça do mundo. E ainda que você me fizesse tão bem, eu não conseguia te amar de maneira diferente da qual se ama um amigo.

Meu coração masoquista pertencia a outro, o errado que o fazia sofrer.Mas eu sempre amei as coisas erradas, não é mesmo?

Agora nada mais importa e eu só preciso que você me conceda um último pedido, se é que tenho direito de pedir mais alguma coisa á você. Preciso que me perdoei por ter te colocado na minha confusão, acha que pode fazer isso por mim? Por favor, a culpa pesa demais.

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