21.7.10

Última despedida


Não consigo calar as inúmeras perguntas que insistem em teimar com meu coração. Como se tornará esse sentimento?
Impossível? Inalcançável? Inesquecível?
O que se fazer quando o sangue que corria por suas veias se recusa a mantê-la viva?
O que se fazer quando o sol que iluminava a sua vida recusa-se a aquecê-la?
O que se fazer quando a música final está ainda tocando e as cortinas teimosas começam a fechar-se impedindo-te de apreciar todo o espetáculo?
O que será que consegue atormentar-me de tal forma que impede-me de respirar?
Seria confusão? Ódio? Amor? Ou simplesmente dor?
Ainda não sei direito o que se passa pela minha cabeça.
Só sei que qualquer que seja o sentimento está aos poucos se amenizando, talvez sumindo.
Talvez seja apenas o sangue obrigando o meu coração a parar de bater ou o sol parando de brilhar e indo embora, deixando que tome conta a escuridão.
Talvez seja somente o limite da razão para se existir chegando ao fim.
E então neste momento a única coisa que se importe comigo realmente seja apenas uma chuva fina e fria caindo para despedir-se de mim.
A única e última despedida no momento de minha partida para algum lugar onde exista alegria e calor, onde exista luz e amor.

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