16.8.10

Eterno silêncio

 
O sabor da derrota amargava em sua boca toda vez que a via tocar seus lábios rosados em outros lábios que não fosse os dele.

Era como se um punhal rompesse toda a sua resistência e fosse direto ao seu coração toda vez que a via nos braços de outro.
Sua vontade era de sequestrá-la e de levá-la para longe de todos os outros que apenas a iludiam com falsas e frias palavras, que a fazia derramar lágrimas.
Havia apenas uma coisa que ele queria. Seu maior desejo era de fazê-la feliz. Fazê-la somente sua.
Mas ele não podia. Nem ao menos tentou convence-la. De nada iria adiantar seu esforço.
Ela estava convicta, de decisão tomada e por isso nada iria fazê-la mudar de ideia.
Em hipótese alguma aqueles belos olhos algum dia enxergariam que ele sempre estivera ali, ao seu lado, pronto para transformá-la em única.
Ele preferiu continuar a seguir seu caminho sem ela. Por medo de que ela não aceitasse.
Apenas por medo preferiu manter eterno o seu silêncio.

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